quinta-feira, 9 de abril de 2015

Filme: Velozes e Furiosos 7

“Woman, I am the cavalry”
By Hobbs from Furious 7

Velozes e Furiosos 7 é o melhor da franquia?

Alright, alright, alright, como eu sempre digo aqui no blog, não assisto algo apenas por entretenimento, gosto de sentir algo. E Velozes e Furiosos 7 fez isso. GEEZUS, o que foi esse filme? Uma amiga perguntou se eu chorei no final, respondi que estava tão emocionada com o filme todo, que me segurei. S P O I L E R S a seguir.

O medidor de absurdez quebrou dessa vez. E pra mim, quanto mais, melhor. A começar com a demonstração de que Deckard Shaw (Jason Statham) é foda e não tá para brincadeiras, - só eu achei desnecessário ele destruir todo o hospital que o irmão dele estava, deixando apenas dois enfermeiros vivos para cuidar dele e um quarto inteiro? Que absurdo!


Depois temos Luke Hobbs, salvando a pele de Elena Neves (VF 5 e 6), o cara foi lá e saltou do prédio para desviar do presentinho da granada que Shaw deixou para os dois, - o cara deve se achar imortal. E logo mais, temos uma bomba plantada na home sweet home de Dominic Toretto. Mas é claro que a bomba só explode depois que todos bateram um papo bem ao lado dela, saíram da casa e tiraram o pequeno Jack de qualquer risco possível. Tick Tick Boom!


A partir desse momento é absurdo atrás de absurdo. É engraçado porque conforme você assiste, você já vai esperando por mais absurdos. Outro exemplo é quando Dom leva a Letty para o racha point deles, ela participa de uma corrida, e ela ganha, of course. Na hora pensei “quer ver que magicamente ela vai se lembrar de tudo?”. Errei por pouco, pois ela vê apenas alguns flashes do seu passado.


Com o Hobbs incapacitado e Elena de babá da filha dele, eis que surge Mr. Nobody (Kurt Russell) e sua equipe ultra-armada para ajudar a família de Dom. Em troca de um favorzinho básico, claro. Que nada mais é que eles devem recuperar o programa “Olho de Deus” que a hacker Ramsey (Nathalie Emmanuel) criou. Porém, Ramsey foi sequestrada por Jakande (Djimon Hounsou), que também está atrás do programa. Ah, e ele tem uma equipe super-freaking-fucking-armada-até-os-dentes. Fácil, né? Coisa que Chuck Norris faz dormindo.


Partimos então para o plano e temos aqui uma de muitas outras cenas em que Roman esbanja sua graça. Local de entrada escolhido, vamos para a execução. E tenho que falar, saltar com carro de um avião e aterrissar de paraquedas é coisa que vemos todo dia, já tá batido. Daqui pra frente temos team Dom atacando o comboio do team Jakande – lembrei-me de Velozes e Furiosos de 2001 –, Brian O’Conner dando um show com golpes de luta – como se fizesse isso todo dia depois que virou pai e largou a vida de adrenalina –, e toda aquela tensão que nos prende até tudo dar certo. Não antes de Shaw aparecer para complicar ainda mais as coisas.

Super cars are falling in line

Resgate bem sucedido, porém, faltava o programa, que está com um amigo de Ramsey em Abu Dhabi. Chegando lá, claro que não estava com ele, seria muito fácil e o filme não duraria 2h17min. O “Olho de Deus” estava dentro de um superesportivo Lykan Hypersport que um príncipe comprou desse amigo da Ramsey. Entretanto, o carro não fica na garagem, porque príncipe que é príncipe, o mantém na cobertura em um dos três mais altos prédios do mundo. No meio da operação, as coisas complicam: Roman fracassa como desviador de atenção, Letty acaba enfrentando Kara (Ronda Rousey, lutadora invicta de MMA), Brian e Dom têm de fugir do local, não antes de pegar o programa. Como fazer isso? Saltando de um prédio para o outro, assim, fácil.

I Believe I Can Fly

Agora com o programa “Olho de Deus” eles podem finalmente ir à busca de Shaw e assim o fazem, mas tudo se complica novamente e eles acabam perdendo o programa, - ainda não entendi o porquê de eles levarem o programa junto, mas tudo bem, faz parte. Enfim, eles partem para uma nova perseguição e Shaw se une a Jakande. Temos belíssimas sequências de cenas que me lembraram de Duro de Matar 4.0, S.W.A.T. e Mercenários (qualquer um dos três).

Dom vs. Shaw; Tej, Roman, Ramsey, Letty e Brian vs. Jakande; Hobbs e a cavalaria, digo, apenas Hobbs – ele arrancando o gesso do braço foi legal. Foi um final agoniante e quando eu vi Shaw caído falei “quer ver que ele não morreu?”. Letty se lembrou de tudo – conveniente, não? E tudo acaba bem.


Bom, o filme é definitivamente o melhor da franquia. Teve racha, carros potentes e muita ação. O tema família é uma característica bem marcante no filme, tanto que Han e Gisele foram lembrados. Sean Boswell (Lucas Black), também deu as caras, para nos lembrar de Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio, e explicar mais uma vez que foi lá onde Shaw matou Han e o porquê disso tudo. Velozes e Furiosos 7 foi finalizado em tributo à Paul Walker, e óbvio que uma homenagem não iria faltar. E foi linda.

“One last ride” - Dominic Toretto 

Teremos um oitavo filme? Não sei, mas espero muito que sim. Ainda mais agora que a velhinha porreta Helen Mirren está loucamente interessada em não só dirigir o filme como também participar da trama. Ela seria quem? Avó distante de Brian ou uma vilã? Sei lá, só acho que daria muito certo. Se você não conhece o trabalho dela nesse estilo porra-louca, assista R.E.D. 1 e 2 – ou essa cena aqui – pra ver que não estou falando absurdo. Eu li que o final de Velozes e Furiosos 7 seria bem diferente do que nos foi apresentado, não fosse pela morte de Paul. E que daria um gancho para o oitavo filme.

OBS 1 – Aqui nesse link tem algumas informações sobre os carros usados no filme.

OBS 2 – O trabalho dos irmãos de Paul e a equipe de edições gráficas estão de parabéns.

OBS 3 – Até o Hector ( - Velozes e Furiosos 1) apareceu, alguém lembrava dele?

OBS 4 – Não vou muito com a cara do Sean, mas acredito que ele virá a “substituir” Brian como braço direito de Dom.

OBS 5 – Não tem cena pós-créditos.

OBS 6 – Assisti ao trailer da paródia da franquia, "Super Velozes, Mega Furiosos". Vou conferir só para rir dos clichês apontados por eles, como o cara passando óleo de bebê pra ficar parecido com o Hobbs todo suado.



O texto ficou gigante, prevejo “tl;dr” nos comentários